1. |
N.M.A.D
06:36
|
|||
Negative mind all day
Se me perguntar o que será das crianças…
Direi sofrimento e dor
Em um futuro que nem nasceu mas agoniza
Com o veneno do nosso torpor
Não há
lockdown
Pra economia
"As vidas não importam
Só meu bolso cheio"
"Abram as lojas, estamos seguros
Foi só uma gripezinha
Só vai morrer quem não é necessário
Abram as covas aos milhares"
"Empresários vão falir
Cortem agora os salários
Os pobres que se virem
Com sua herança miserável"
Um retrato postumo da América Latina
Covas coletivas e sem identificação
Pra não lembrarmos do descaso
E a memória não assombrar o futuro
Abram seus estoques agora
Alimentem nossa população
Preferem seus bolsos cheios e nossa morte
Do que alimentar um faminto
Ahhhhhhhhh
Subvertendo essa ordem
Talvez haja um futuro
Desapropriem bancos e industrias
Refaçam a redistribuição
Se não há um futuro coletivo
Então essa era sera um grande caixão
Subvertendo essa ordem
Talvez haja um futuro
Desapropriem bancos e industrias
Refaçam a redistribuição
Se não há um futuro coletivo
Então essa era sera um grande caixão
|
||||
2. |
Proferindo podridão
07:58
|
|||
Em cada buraco
Em cada vala a céu aberto
Encontramos mais higiene
Do que em suas palavras
Verbos pútridos
Cadáveres verbais
Disparando rajadas
De morte e desespero
Aversão a vida
Que não seja de sua prole
Bastardos armados
Com suas máquinas de mentira
A ajuda não vem
Ela nunca existiu
Seu messias é um falso
E carrega o sinal do ódio
Sem os itens básicos
Pra poder me lavar
Sem ao menos o mínimo
Pra evitar sua desgraça
Chorume e pavor
Defecando seu latim
Em prol de um mercado
Que só pode alimentar seu fanatismo
A verdadeira praga
A ser combatida
É seu discurso eugenista
Onde todos somos alvos
E dai é o que diz
E dai, nós mostraremos
Sua cabeça exposta
Com seu clã higienista
Onde nem os necrófagos
Se arriscarão em chegar
Para se alimentar de podridão
De sua carne envenenada
Sonho com sua morte
Todos os dias
Libertando todo um povo
Que se envenena com suas maldições
Espero que sua morte
Seja lenta e dolorosa
E que não haja compaixão
Pelos que entrarem na frente da turba
|
||||
3. |
Memórias póstumas
06:00
|
|||
Faço uma lista
com o nome das pessoas que eu amo
E vejo uma a uma
Cair no escuro da duvida
Apago seus nome
Como risco os dias no calendário
E enterro mais fundo
O que era um sonho
Quem foi um dia
Esta surpresa da vida?
Pros mortos sem protesto
Somente flores em memória
Não ha chance de um dia
Concluir o seu ciclo
Todo um mundo esquecido
Mas que ficaram na memória
De lembranças
Talvez só coração partido
E quando olho pra traz
Procurando minha trilha
Seu rosto não é mais familiar
Ninguém morre
Enquanto
No coração
É inquilino
Me esqueço
Como foi que cheguei aqui
Se os vermes pudessem
Contar minha historia
Talvez algum dia,
Eu pudesse ter vivido
Mas como indigente
Não sirvo nem como estatística
Talvez possa ter valido a pena
Ter tido um nome algum dia
Que em meu túmulo nasça o baobá mais lindo
E sirva de morada pra meus entes queridos
|
Pessimista Brazil
Pessimistic atmospheric black metal.
Ⓐ // Ⓥ // Ⓔ
Streaming and Download help
Pessimista recommends:
If you like Pessimista, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp