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Ouço o mundo clamando
Pelo fim de toda essa agonia
Ouço as lamúrias da terra
Sedenta por sangue
Pelas trevas
Que a humanidade criou
E vem alimentando
Como um instrumento de caça
Desliguem o aparelho
Civilização definhar
Uma eutanásia coletiva
Condição que precisa acabar
Um mantra com as fases da lua
Um peso impossível de suportar
A vida como conhecemos
Precisa realmente acabar
Fome e Doenças
Dinheiro e ganância
Ditaduras sangrentas
Miséria
Pandemia
Racismo
Xenofobia
Guerras
Monocultura
Impérios
Machismo
Homofobia
Fé assassina
Polícia assassina
Fronteiras
Fome e Doenças
Dinheiro e ganância
Ditaduras sangrentas
Precisa acabar
Meu pessimismo
Declama um mantra
Pra tudo isso acabar
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3. |
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E se fosse tão fácil viver?
Esquecer da dor e da miseria
Viver dançando sobre os carros
Abandonados no farol
Sem ter de me apressar
para finalizar o meu ato
E estender minha mão
Esperando uma migalha
Como seria viver eternamente
Com o sinal aberto para meus sonhos?
Nunca mais a luz vermelha
Me dizer que é hora de parar
Mais alguns segundos me restam
Pra infância acabar
Mais alguns segundos me restam
Pra meus sonhos alcançar
Mas minha vida tem prazo de validade
Menor que o tempo do semáforo
Fecha o vidro na cara do futuro
Que com sua esmola o dia termina
A escola nao era sua regra?
Porque me ver aqui fodido nao te indigna?
Por ser preto e pobre você essa situação como problema?
Se chove ou se vou comer, esse é meu único dilema
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5. |
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Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
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6. |
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Ar limpo, uma dádiva do passado
Os metais pesados agora, inundam o meu corpo
Chaminés, plástico e a floresta em chamas
Num cadáver que um dia chamamos de casa
Ecocídio justificado, com mais mortes e riqueza
Onde está a sua parte nisso tudo?
Lembra da sensação de respirar sem medo?
Lembra de quando a terra não tinha esse pulmão definhado?
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Otimismo
04:48
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Sonhos lúcidos de um dia
Assistir em ato público
O último Bolsonaro
Enforcado nas tripas
Do último pastor
Um peso inútil na terra
Se desfaz como por magia
O ar se faz mais leve
E o sol voltando a brilhar
Há uma conta a ser paga
E o sangue dos déspotas
Ainda é a melhor moeda
Pra zerar essa dívida
E pelo universo como testemunha
Esse seu ar de superioridade
Cairá por terra
E pelo universo como testemunha
Esse seu ar de superioridade
Cairá por terra
Só otimismo assim toma conta de meus pensamentos
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8. |
Pessimista Brazil
Pessimistic atmospheric black metal.
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